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"Eu sou o Colombo da minha alma e diariamente descubro nela novas regiões." | Gibran Khalil Gibran.

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domingo, 16 de maio de 2010

EVIDÊNCIAS DA IMORTALIDADE DA ALMA


O Espiritismo, como as demais doutrinas espiritualistas, apóia-se por completo sobre a existência da alma e da sua imortalidade. O seu diferencial, contudo, é a apresentação de evidências sólidas à respeito deste e outros postulados.
Neste pequeno artigo, pretende-se elencar algumas dessas evidências, conferindo solidez à crença que nos irmana.
1 – Evidências históricas.
Não se tem notícias de povo algum desprovido da crença de que há em nós algo mais do que a matéria e de que este algo mais sobreviva ao corpo.
Segundo a maioria dos especialistas, o fato de os homens de Neanderthal, que teriam vivido no norte a Europa há mais de 100.000 anos, sepultarem os seus mortos, seria indicativo da crença na continuidade da vida após a morte.
As primeiras grandes civilizações, sobretudo a egípcia, erigiram-se em torno do princípio da imortalidade. No caso do Egito Antigo, as múmias e as pirâmides são o atestado vivo deste princípio. O Livro dos Mortos, que é uma coleção de hinos, rituais, orações, mitos, etc., está repleto de referências à sobrevivência do ser.
Ocorre o mesmo com relação às civilizações contemporâneas à egípcia. Os sumérios, babilônios, acadianos, assírios, fenícios, hebreus, indianos, tinham no centro de suas respectivas religiões, de forma mais ou menos elaborada, a crença na sobrevivência do ser após morte.
Em todos os livros sagrados encontram-se referências explícitas à imortalidade. Além do Livro dos Mortos, a Bíblia, os Vedas, os Upanishads, o Bhagavad-gita, o Tao te Ching, o I Ching, para citar apenas alguns dos mais conhecidos, apresentam abundantes informações quanto à alma e à sua sobrevivência.
Pensadores de todos os tempos e lugares, igualmente, pronunciaram-se favoravelmente à imortalidade. Sócrates, por exemplo, que é considerado um dos pais da filosofia, tomou a cicuta, que lhe fora imposta como pena-de-morte, sem medo ou qualquer receio, porque estava convicto da continuidade da vida após a morte, impressionando os seus discípulos pela sua serenidade na iminência da morte. Outro exemplo, mais próximo de nós no tempo, é o do pesquisador J. B. Rhine, pai da parapsicologia, que conclui que a nossa mente não é física e que, provavelmente, na sua concepção, sobrevive depois da morte do corpo.
Assim, desde à Pré-História até a atualidade, a crença na existência da alma e da sua imortalidade fez e faz parte do arcabouço cultural dos povos mais diversos, adquirindo um status de universalidade, o que, por si só, já é uma evidência poderosa quanto a realidade desta crença, pois como explicar que culturas tão díspares como a asteca e a inca, a egípcia e a dravdiana, a grega e a chinesa, tenham, independentemente uma da outra, sustentando crenças tão semelhantes? Há que se pensar...
2 – Evidências antropológicas e etnológicas.
A antropologia e a etnologia são ciências que surgiram e se afirmaram no século XIX, mas cujas raízes se estendem até o momento em que os europeus passam a confrontar e a reconhecer a diversidade cultural existente no mundo.
Isso ocorreu a partir dos séculos XV e XVI, com a expansão marítima européia, quando o europeu tomava conhecimento das verdadeiras dimensões planetárias, descobrindo não só novas terras mas também povos e culturas que nem sequer imaginou que existissem.
O que é digno de nota é que em todos os relatos sobre os novos povos e suas respectivas culturas, feitos por viajantes, missionários, exploradores, entre tantos outros, era constante a menção à crença na realidade da alma e da sua sobrevivência após a morte. Um exemplo bastante conhecido é o de Hans Staden, europeu que foi aprisionado pelos tupinambás no Brasil Quinhentista, convivendo diretamente com eles durante largo período. No relato que faz das suas experiências junto àquela nação indígena, Hans Staden não deixa de mencionar a crença que possuíam na imortalidade bem como na comunicação com os mortos, que era intermediada pelo pajé.
Antropólogos e etnólogos, ao estudar culturas distintas a partir do século XIX, fizeram contatações análogas às dos cronistas dos séculos anteriores: todas as culturas observadas e analisadas estavam fortemente centralizadas em sua religiosidade tendo como pedra fundamental a crença na imortalidade da alma.
As pesquisas levadas à cabo por eminentes antropólogos e etnólogos corroboram as numerosas evidências históricas quanto a existência e sobrevivência da alma.
Em todos os tempos, em todos os lugares, em todas as culturas, a crença na imortalidade e as suas implicações diretas ou indiretas, constituiu o núcleo principal das coletividades mais diversas, em torno do qual giravam o seu imaginário e todo o seu modo de viver.
3 – EQM: Experiências de Quase Morte.
Em 1975, o Dr. Raymond A. Moody Jr. publicou uma obra notável, que teve uma ampla repercussão: Vida depois da Vida. Esta obra colocava em destaque um fenômeno que não era muito conhecido, as experiências de quase morte.
O Dr. Moody Jr. coletou, durante vários anos, relatos de pessoas que teriam passado pela experiência da “morte”, geralmente em decorrência de acidentes, choques violentos, derrames, etc. e que, em seguida, voltaram à “vida”. Ao examinar o conjunto dos relatos, o Dr. Moody Jr. constatou que havia entre eles inúmeras semelhanças. De uma forma geral, as pessoas contavam que durante os instantes em que estiveram “mortas”, viram-se fora do corpo físico, tiveram contato com seres de luz, viram-se transportadas para outras dimensões, acompanharam o que os seus entes queridos estavam fazendo a distância, e por aí vai...
A obra teve um forte impacto sobre a opinião pública e fez com que novos relatos viessem à tona, chamando a atenção para o fenômeno e estimulando a realização de novas pesquisas.
As experiências de quase morte, por si mesmas, evidenciam a continuidade da vida após a morte, convidando-nos à reflexão. Mais de oitenta por cento das pessoas que passaram por essa experiência, por terem travado contato direto com a realidade espiritual, sofreram profunda transformação consciencial, alterando significativamente para melhor o seu comportamento, adotando hábitos mais saudáveis e buscando intensamente a própria espiritualização.
4 – VLM: Visões em Leito de Morte.
É notório que muitas pessoas, quando a morte se aproxima, relatam que estão vendo e conversando com algum parente ou amigo que já morreu. Cada um, por certo, conhece algum ou vários casos nesse sentido.
Quem já não ouviu falar, por exemplo, na história de uma esposa, envelhecida pela passagem do tempo, que enxerga, no seu leito de morte, o marido, que já estava morto há vários anos?! Esse tipo de relato é bastante corriqueiro e o seu número é expressivo.
As descrições precisas e os diálogos lúcidos e conexos que entretêm com o morto ou os mortos, excluem completamente a hipótese de delírio.
Essas experiências constituem fortes indícios de que a pessoa que está entre a vida e a morte, de fato, está se comunicando com o ente querido já morto que, provavelmente, encontra-se ali para ajudá-lo a desligar a sua alma do corpo físico.
A multiplicidade dos relatos e a semelhança que guardam entre si, bem como a poderosa carga emocional que os acompanha, dão notícia não só da imortalidade, mas também da manutenção dos elos afetivos entre aquele que está vivo e aquele que está morto e, ainda, da possibilidade de comunicação ente ambos.
5 – Comunicações Mediúnicas.
A maior evidência quanto a sobrevivência do ser após a morte, contudo, procede das experiências e comunicações mediúnicas.
Não se pode questionar a existência de pessoas dotadas de certas faculdades que lhes permitem entrar em contato com os mortos. À rigor, a mediunidade é uma faculdade comum a todo o ser humano. Todos, portanto, somos médiuns. Quem nunca sonhou com uma pessoa já morta, não teve a sensação nítida de estar sendo observado, não obstante achar-se sozinho em determinado ambiente, não teve uma premonição, etc. Esses eventos, que na maioria das vezes passam desapercebidos, fazem parte do nosso quotidiano, variando apenas em grau, gênero e intensidade.
Algumas pessoas, entretanto, possuem esta faculdade mais acentuada, permitindo-lhes travar um contato mais estreito com o Mundo Espiritual. São os médiuns propriamente ditos. Vêem e ouvem os Espíritos, comunicando-se com eles através dos mais diversos modos.
Como explicar que uma mãe, cujo filho morreu há pouco tempo, vá procurar um médium que nunca tenha visto antes e obtenha uma comunicação rica em detalhes, com informações que o médium jamais teria acesso? Um mãe não é capaz de reconhecer um filho, mesmo ele estando morto?
As experiências mediúnicas, do nosso ponto de vista, estão suficientemente documentadas, não restando mais qualquer dúvida quanto a continuidade da vida após a morte e o intercâmbio com os vivos.

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