Ninguém os deseja e todos procuramos evitá-los: os
momentos de crise.
Configuram-se eles, mais particularmente, nas
ocorrências externas, das quais nem sempre somos partícipes.
Hoje, será determinada atitude, considerada infeliz,
assumida por pessoa que se nos liga ao coração pelos laços íntimos; amanhã,
pode surgir em grandes conflitos dentro do grupo familiar; depois, é possível
apareçam no afastamento de companheiros dos mais estimáveis; e, mais adiante,
no tempo, os instantes difíceis serão aqueles em que a desencarnação de um ente
amado, quando nos achamos na Terra, nos envolva em nuvens de sofrimentos e
lágrimas.
Decerto, nessas horas amargas, é indispensável
sejamos a segurança daqueles irmãos enfraquecidos, diante da prova, ou a escora
daqueles que estão esmorecendo no cotidiano, prestes a cair.
Em todos os lances constrangedores da experiência
humana, é razoável nos façamos a palavra de bom-ânimo e o gesto de apoio
espontâneo para todos aqueles que nos cercam.
Entretanto, amparando aos outros, é imperioso não nos
esquecermos.
Instalemos a luz da compreensão, por dentro de nós e
sustentemo-nos no clima da confiança para que os embates da escola humana nos
encontrem firmes na fé em Deus e em nós próprios, reconhecendo que as crises
são fases de mudança, às vezes, marcadas por grandes tribulações, das quais a
Divina Providência, utilizando recursos que desconhecemos nos trará a renovação
necessária e o Amanhã Melhor.
XAVIER, Francisco C. | Espírito
Emmanuel. Pronto Socorro. São Paulo: Cultura Espírita União, 1980. 96 p. p. 11-12.