Membro da Igreja Episcopal norte-americana, Bispo da Califórnia entre 1958 e 1966, escritor prolífico e um dos primeiros religiosos a manter um programa regular na rede televisiva, James Albert Pike foi um homem controvertido, situado no centro de fervorosos debates teológicos, sendo conhecido pelo seu posicionamento nada ortodoxo.
Nasceu em 14 de fevereiro de 1913, na cidade de Oklahoma, EUA. Aos dois anos, o pai morreu e, sua mãe, casou com um advogado da Califórnia, para onde se transladaram. Pike recebeu formação católica, mas tornou-se agnóstico ao aprofundar seus estudos e conquistar seu doutorado. Casou-se com Jane Alvies, de quem em seguida divorciou-se. Trabalhou como advogado em Washington D.C., participando como representante na Securities and Exchange Commission, durante o governo do Presidente Franklin D. Roosevelt. Casou-se novamente, com Esther Yanovsky e trabalhou na Inteligência Naval com o início da II Guerra Mundial (1939-1945).
Terminada a guerra, Pike e sua esposa ingressaram na Igreja Episcopal, da qual ele se tornou sacerdote, tendo sido ordenado em 1946. Sua carreira religiosa teve uma ascensão meteórica, galgando postos de grande destaque e influência dentro da Igreja. Passou a apresentar um programa de TV, semanalmente, que atingiu impressionantes marcas de audiência, em que discutia temas que eram polêmicos na época e que o são, alguns, até hoje, como o controle de natalidade, a legalização do aborto, o racismo, a pena de morte, a segregação racial que existia na legislação de muitos estados norte-americanos, o Apartheid, o anti-semitismo, a exploração do trabalho, etc.
Em 1958 é eleito bispo adjunto, tornando-se bispo interino com a morte, poucos meses após a eleição, do seu predecessor Karl Morgan Block. O seu episcopado foi caracterizado por controvérsias profissionais e pessoais. Dotado de mente aberta, ostentando posição liberal, defendeu a aceitação e participação do público LBGT (acrônimo, em inglês, de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e trangêneros) na Igreja, os direitos civis, a ordenação de mulheres ao sacerdócio, etc. Sua postura lhe amealhou inúmeros simpatizantes e, também, detratores, transformando-se no alvo de um sem número de polêmicas. No âmbito da teologia, seus questionamentos não foram menos controversos, pois negava a virgindade de Maria, a doutrina do Céu e do Inferno e a Trindade.
James A. Pike teve uma vida conturbada. Seu filho Jim acabou envolvendo-se com drogas, buscando uma fuga alternativa aos problemas que enfrentava. Ambos viajaram para Inglaterra objetivando a reabilitação de Jim. Depois de permanecerem alguns meses em Londres, regressam separadamente aos EUA atendendo compromissos distintos. Era o ano de 1966. Jim, num momento de desequilíbrio e desespero, suicidou-se em Nova York. Pike ficou profundamente consternado, não encontrando, como bispo renomado, o consolo para a dura separação.
Pouco tempo depois, atendendo imperativos profissionais, regressou para a Inglaterra, hospedando-se no mesmo local em que anteriormente estivera com seu filho. James A. Pike nem suspeitava que sua vida nunca mais seria a mesma. Acompanhado por David Barr e por sua secretária, a Sra. Maren Bergrud, protagoniza os mais estranhos acontecimentos: ruídos insólitos, livros que apareciam e desapareciam, objetos que mudavam de lugar, roupas que eram desarrumadas após recém terem sido colocadas e ordenadas no armário pela camareira, etc.
Estes acontecimentos encontram-se enquadrados no que se convencionou chamar de poltergeist (do alemão poltern, ruidoso ou chocalhante, e Geinst, Espírito), estando, por tanto, ao menos do ponto de vista da Doutrina Espírita, geralmente relacionado com um ou mais Espíritos Desencarnados, na maioria das vezes num estado de perturbação, que se fazem sentir através de manifestações físicas, como ruídos e deslocamento de pequenos objetos. Pelos acontecimentos que começou a vivenciar, Pike, não obstante seu ceticismo, passou a relacionar os fatos insólitos que o perseguiam ao seu filho recentemente morto.
Um dos primeiros fatos registrados foi o encontro de dois cartões postais no chão do apartamento, formando um ângulo de 140 graus, indicando aproximadamente a hora em que Jim se suicidara, 8h e 19 min. Jim amava cartões postais. Quando viajava para um lugar que ainda não conhecia, a primeira coisa que fazia era comprar cartões postais que colecionava. Ao que tudo indica, aqueles cartões no chão apareceram do nada e, de início, apenas levantou relativa estranheza, mais nada.
Outro fato ocorreu com a Sra. Bergrud, ao acordar reparou que tinha uma das mechas de seus cabelos encaracolados queimada. O mesmo se deu por vários dias consecutivos, provocando muita inquietação. A Sra. Bergrud satirizou a situação dizendo que deveria alterar o seu penteado, pois muita gente não gostava da forma como ele era. Foi então que o bispo Pike recordou que seu filho várias vezes dissera que detestava o penteado da Sra. Bergrud.
Episódio curioso envolveu diretamente o bispo Pike. Estava junto à Sra Bergrud e David Barr quando inexplicavelmente perdeu a consciência, caindo numa espécie de transe, passando a manifestar grande confusão mental, expressando-se semelhantemente ao seu filho desencarnado. Embora não soubessem, por não estarem familiarizados com o evento, tratava-se de uma psicofonia ou incorporação, quando um Espírito Desencarnado se manifesta por um médium através da fala. Pike tornara-se médium do próprio filho.
Tentando entender o que estava ocorrendo consigo, o bispo Pike recorreu ao Reverendo Pearce-Higgins implorando ajuda, já que este, desde há muito, realizava em sua Igreja experiências ditas psíquicas, que incluíam comunicação com os mortos. O Reverendo combinou um encontro entre Pike e a Sra. Ena Twig, famosa médium que residia em Londres. O encontro que tiveram foi extraordinário. Pike pôde voltar a conversar com seu filho morto, através da mediunidade da Sra. Twig, comprovando, de forma inequívoca, a imortalidade do ser. Seu filho manifestava-se tal qual era antes de morrer, as mesmas características, a personalidade forte, o estado de confusão mental, o desequilíbrio... Conversaram por longos minutos. Pike tinha diante de si o filho redivivo.
Para surpresa de Pike, através da Sra. Twig, manifestou-se também o Espírito de um amigo recém desencarnado, o célebre teólogo Paul Tillich. O Espírito deu provas cabais de sua identidade, revelando episódios que só eram conhecidos de ambos e esclarecendo que estava amparando Jim, o filho de Pike, na Espiritualidade, ajudando-o a equilibrar-se. Conversaram sobre as questões mais diversas, inclusive atinentes à Teologia. Pike perguntou-lhe se deveria tornar pública as experiências surpreendentes que estava vivenciando, ao que Tillich o advertiu, respondendo que deveria ser prudente em função dos preconceitos em vigor nas Igrejas Cristãs, mas que meditasse na orientação evangélica: “Conhecereis a verdade e ela vos libertará!”
Pike saiu completamente transformado daquele contato com o filho e o amigo mortos, plenamente convencido da continuidade da vida após a morte. Não temendo conseqüências nem represálias, Pike resolveu tornar pública as suas experiências com o mundo invisível. Suas declarações de que havia se comunicado com o filho morto causaram verdadeira comoção dentro e fora da Igreja. Em seu programa de TV abordou a temática entrevistando inúmeros médiuns, pelos quais teve oportunidade de reencontrar e se comunicar com seu filho outras vezes.
Famosos médiuns norte-americanos, como Arthur Ford e George Daisley, também foram procurados pelo bispo Pike e, através dos mesmos, obteve mais informes sobre seu filho morto, em mensagens profundas que o comoveram até às lágrimas, por saber, mediante evidências que não podiam ser contestadas, que seu filho continuava mais vivo do que nunca.
James A. Pike descreveu sua experiência, de forma pormenorizada, na obra The Other Side (O Outro Lado), publicada em 1968. Nesta obra, Pike narra todo o drama de seu filho, desde a drogadição ao suicídio até os eventos tipo poltergeist e a comunicação direta com ele através de muitos médiuns. A obra, ademais, é um libelo a favor da imortalidade e da comunicabilidade com os Espíritos. Pike, antes cético, tornou-se convicto da sobrevivência após a morte, reencontrando seu filho, conversando com ele, resolvendo questões pendentes entre ambos, alcançando consolo e revigorando a própria fé.
Compete aqui refletir como é possível que dentro das Igrejas Cristãs seja tão difícil ainda admitir o fato da imortalidade e da comunicação com os mortos, se o próprio Cristo contatou com Moisés e Elias, há muitos séculos mortos, sobre o Monte Tabor, no episódio da Transfiguração, e, após a sua própria crucificação, regressou das sombras da morte, em diálogo sublime com os amigos que haviam ficado para trás, consolando-os com sua presença rediviva.
Pike, em 1969, empreendera com sua esposa uma viagem à Israel. Ao percorrer o deserto israelense perdeu-se e veio a morrer. Três dias depois de sua morte, o próprio Pike comunicou-se através da mediunidade da Sra. Ena Twig, indicando a localização de seu corpo que até então não havia sido encontrado. Para o espanto geral, o corpo foi achado exatamente conforme descrito através da médium.
Os fatos são cabais, estão a disposição de todos, não prevalecendo contra eles nenhum argumento contrário. O bispo Pike apenas esbarrou em uma verdade universal: somos imortais e podemos nos comunicar depois de mortos!
Oi Carlos! Cheguei ate aqui através de uma palestra do Divaldo Franco pelo youtube que menciona o caso de James Pike.Voltarei outras vezes...Grande Abrxxx...Carlos Ferreira
ResponderExcluirObrigado pela participação, forte abraço!
ExcluirO bispo pike errou em não discernir os espiritos ( I João 4.1) como vocês espiritas fazem, ignoram o reino do diabo e seus espiritos enganadores.
ResponderExcluirQuerido Irmão, olá!
ExcluirRespeito sua opinião, embora não concorde com ela. A comunicação com o mundo espiritual é recorrente não só nos Evangelho como em toda a Bíblia. Do Gênesis ao Apocalipse, a posição espírita se patenteia diante de inúmeros episódios que fazem referência aos pontos essenciais do Espiritismo. No Evangelho de Mateus, no cap. 17, por exemplo, nós temos ali toda a Doutrina Espírita. Acredito que o bispo Pike, que não era espírita, apenas viu com os olhos de ver, enxergando e entendendo o que muitos cristãos, infelizmente, ainda não conseguem. Votos de paz!
Seu lamento junto aos cristãos carece de base lógica, afinal se após a morte vamos descobrir (ou lembrar) que realmente somos espíritos imortais, não há necessidade de você ficar pregando e querendo converter alguém durante ESTA existência. Para reforçar o ponto, vários espíritas, como o médium James Van Praagh, admitem que não é preciso crer em coisa alguma, mas apenas tentar fazer o bem (o que os cristãos em geral já fazem, ou pelo menos deveriam fazer). Porém, tendo em vista que Jesus era um judeu que validou a lei judaica e a lei judaica condena a comunicação com mortos e "mortos", este é o principal motivo para você deixar de tentar converter alguém ao engano do espiritismo. Se for honesto, reconheça.
ExcluirJesus conversou com 02 mortos, Moisés e Elias, no Tabor; levou com Ele Pedro, Tiago e João, para testemunharem o diálogo entre o Senhor e ambos (Elias e Moisés), que estavam mortos havia alguns séculos, ao tempo de Jesus [Mateus 17:3]. Aliás, Jesus afirmou "Não vim destruir a Lei" - nada do que Ele disse ou fez poderia ser contrário à Lei de Deus. E reformou, sim, muitos pontos da Fé Judaica: "Aprendei o que foi dito aos antigos - amareis os amigos e odiareis os inimigos; eu porém vos digo - amai os vossos inimigos" [Mateus, cap. 5 a 7 - "Sermão da Montanha".]
ExcluirNão vejo nenhum cristão católico fazer o Bem e a caridade como os Espíritas o fazem
ExcluirEntão respeitem vocês responsáveis pela inquizicao o Espiritismo que são muito mais reais do que os Bullshit como judaísmo e Catolicismo que deturparam totalmente o evangelho🙏🙏🙏
Oi Carlos. Palestra simplesmente extraordinária proferida por Divaldo. Como nosso irmão acima, eu também há muito tempo taxava os espiritas de loucos, por acreditarem "nessas coisas". Hoje, ainda católico, não só retifico meu pensamento, como abraço essa crença na natural comunicação com nosso irmãos desencarnados. Graças a doutrina espírita e a Jesus e sua melícia de espíritos de luz, sou hoje uma pessoa muito mais conectada ao lado espiritual. Desvencilhei-me da crença em penas eternas, Diabo(líder do mal), e tantas outras coisas que nos afastam da plenitude em Deus.
ResponderExcluirPike partiu para a palestina, a fim de fazer uma pesquisaa respeito de jesus cristo,nos própios lugares por onde jesus andou e exerceu o seu ministério.A Bíblia já não lhe valia coisa alguma.jesus, o Cristo,o Filho de de Deus, não passava de um mito, um místico,um vidente, nada mais que isso. Ali aconteceu o que certamente pike não previra: No dia 7 de setembro de 1969 o seu corpo foi achado sem vida, próximo do mar morto. Vale a penas lembrar e citar as palavras do apótolo paulo,quando diz, Não vos enganeis,Deus não se deixar escarnecer, pois tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque quem semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção, quem semeia no espirito, do Espirito ceifará a vida eterna(G 6.7,8) a paz
ResponderExcluirVim aqui depois da palestra de Divaldo. Obrigada pelo texto, adorei saber mais sobre ele. Lendo alguns comentários, me vem aquela passagem da bíblia que diz: aquele que tem olhos de ver que veja, aquele que tem ouvidos de ouvir que ouça!
ResponderExcluirSomos espíritos em níveis diferentes de compreensão e devemos abraçar a crença que nos faz pessoas melhores, e consequentemente, a que nos leva a atitudes melhores, e transformação moral. Seja, na seara católica, protestante, anglicana, judaica, islâmica, etc. Logicamente que tendo ciência da existência dessa vida espiritual, a compreensão das dificuldades e percalços da vida, e do como agir é bem mais transparente, mas não impede os demais de fazer o bem nas suas respectivas searas. E assim caminha a humanidade (ou deveria), de mãos dadas, pois no final, o que importa é o amor, e fazer o bem.
Ora bolas, como um espírita pode ter certeza tratar-se o espírito uma alma desencarnada e não um demônio fazendo se passar pela pessoa falecida? Os demônios acompanham de perto tudo o que as pessoas fazem ao longo de suas vidas terrenas, portanto não surpreende saberem de detalhes íntimos! O que surpreende é espíritas caírem num engano tão pueril. A Bíblia explica: trata-se de cegueira espiritual e opressão demoníaca que impede o conhecimento da verdade. E Deus acha repulsiva a prática mediúnica!
ResponderExcluirForam também demônios que se fizeram passar por Moisés e Elias a conversarem com Jesus, no Tabor? Ambos estavam mortos havia alguns séculos, ao tempo de Jesus [Mateus 17:3]. Aliás, Jesus afirmou "Não vim destruir a Lei" - nada do que Ele disse ou fez poderia ser contrário à Lei de Deus. E reformou, sim, muitos pontos da Fé Judaica: "Aprendei o que foi dito aos antigos - amareis os amigos e odiareis os inimigos; eu porém vos digo - amai os vossos inimigos" [Mateus, cap. 5 a 7 - "Sermão da Montanha".] Nenhum proselitismo; diálogo franco e sereno a partir das palavras de Jesus, conforme as Escrituras, nos Evangelhos Oficiais.
ExcluirTrata-se de respeitar o direito à liberdade de pensamento e a liberdade de consciência. Nenhum espírita faz proselitismo. Não vamos a lugares falar das opiniões de outrem. Não desqualificamos a quem quer que seja. Se a palavra de Deus e os ensinamentos de Jesus são usados para julgar, condenar, criticar, afastar, desunir, magoar, machucar, ainda não entendemos o que Jesus veio propor. Aqueles que não concordam com o pensamento espírita ganhariam mais se não dessem estes exemplos de invasão à liberdade. Apenas respeitem os mesmos direitos que esperam ter respeitados em suas vidas. Quem quis ler o conteúdo deste blog e comentar, perdendo seu precioso tempo, poderia aproveitá-lo cuidando mais e melhor da sua vida. O espiritismo não usa de proselitismo, não faz lavagem cerebral, não precisa de gritaria, não ofende nem faz "HIPNOSE PELA FÉ". Allan Kardec assim recomendou. E existem Leis Humanas que nos asseguram a liberdade de pensar e a liberdade religiosa. Pena que algumas pessoas se sintam donas da verdade, além de viver falando no diabo, sem perceber que este não existe. Fazendo assim, cultuam a Deus e ao diabo. O diabo é mais falado, mais citado e mais respeitado do que a ideia de Deus (criador). Um dia veremos a crença no diabo ser erradicada do nosso pensamento e do nosso planeta (e a igualdade, a liberdade e fraternidade existirão de fato). Um dia veremos isso tudo acontecer ...
ResponderExcluirE não me venham falar do médium americano capitalista James van praga
ResponderExcluirSer médium não significa ser bom caracter seu “ imbecil” acima!!!!
Os Espíritas kardec praticam a caridade não exploram os pobres miseráveis cobrando consultas e aparecendo pago na Tv americana ! Maior lata do lixo do planeta!!!!
Vocês que são contra os espíritas ( não dá dinheiro ) e que tem o Demônio no coração 🥵
ResponderExcluirVai projetar suas sombras em outro lugar
ResponderExcluirCambada de pedofilos inclusive os rabinos judeus ortodoxos do Brooklin que já veio à tona !!!!
São cheios de ódio no coração!!!!
ResponderExcluirVivem implorando e dinheiro pro povo ignorante pra encher a cara de vinho e abusar de crianças🙈🙈🙈
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