Não olvides que o passado revive no presente.
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Quando a aversão te visite o mundo íntimo, à maneira de nuvem,
subtraindo-te a paz, lembra-te de que a Divina Misericórdia situou à
frente de tua alma a bendita oportunidade da reconciliação, ainda
hoje, com os desafetos de ontem.
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Qual acontece com o tesouro do carinho amealhado pelo amor, no
escrínio do coração, de existência a existência, o espinheiro da
antipatia é veneno acumulado pelo ódio no vaso de nossa mente, de
século a século, conturbando-nos o caminho.
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Recorda que, se o amor nos eleva aos cimos estelares, o ódio nos
impele aos vales da sombra e atende à própria libertação,
procurando renovar a fonte de teus desejos, em benefício da própria
felicidade.
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A aversão, quase sempre, destaca-se de improviso, no ambiente mais
íntimo de nossa experiência em comum, por desafio à nossa
capacidade de auxiliar e compreender.
Assinalando-a no lar ou na vizinhança, em teu círculo de trabalho
ou no santuário de tua fé, roga ao Senhor, através da oração,
para que as tuas energias se refaçam, de modo que a treva te
encontre o sentimento por bênção de luz, exemplificando a
fraternidade e o entendimento, o sacrifício e o perdão.
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Aconselha-te com a piedade do Cristo, tanta vez revelada, em nosso
favor, e compadece-te daqueles que te ensombram a alegria... Ei-los
que surgem, a cada hora, na pessoa do familiar que se nos agregou à
rede consanguínea, no companheiro de jornada justaposto ao nosso
clima, no parente indireto que as circunstâncias nos ofertaram ao
templo doméstico, no chefe humano chamado a orientar-nos o serviço,
no subordinado trazido à cooperação na obra que o Senhor nos pede
realizar...
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Alça a própria fé nas asas da boa vontade e ajuda-os quanto
possas, de vez que antipatia superada é anexação de mais amor ao
campo de nossa vida e mais amor em nossa vida significa mais ampla
ascensão de nosso próprio espírito, no rumo da Luz Eterna.
Referência Bibliográfica:
XAVIER,
Francisco C. / Espírito Emmanuel. Inspiração.
São Bernardo do Campo, SP: GEEM (Grupo Espírita Emmanuel), 1978.
p.86-89.
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