Onde haja desamparo, instala,
quanto se te faça possível, algum sinal de presença da simpatia e da
solidariedade que nos devem enlaçar uns aos outros.
Não enfatizes qualquer problema
de raça ou de crença, de preconceito ou separatividade, buscando, ao invés
disso, cooperar pela união que a todos nos cabe conquistar perante Deus.
Alivia a carga das privações de
algum enfermo largado às dificuldades; atenua as aflições das mães desvalidas;
suporta com calma e paciência as alegações injuriosas desse ou daquele amigo
desorientado; e, quanto puderes, protege as crianças sem apoio e sem rumo.
Sê o discernimento que
compreende e o braço que auxilia.
Não lances a lenha do azedume
ou da crítica na fogueira das tribulações coletivas.
Ninguém espera que possas
apagar, unicamente por ti, o incêncio do desespero que se alastra na Terra.
Em favor de nós todos, oferece
o teu jarro de água fria.
Não te limites a registrar os
surtos de violência que se estendem no Plano Físico.
Faze algo para que o amor
restabeleça a harmonia etre as criaturas.
Compadece-te, perdoa e serve.
Não dramatizes o desequilíbrio
e a discórdia com destaques suscetíveis de ampliá-los onde te encontres.
Investe os valores da palavra
na construção do bem, apontando os ângulos mais nobres das questões que se te
apresentem.
Evita salientar as impressões
negativas desse ou daquele acontecimento infeliz.
Preenche os minutos disponíveis
com trabalho que signifique socorro, mesmo diminuto, em auxílio aos irmãos que
atravessam labirintos de penúria e sofrimento.
Não atires condenação sobre os
companheiros da Humanidade, caídos em erro, que nos requisitam respeito pelo
infortúnio que carregam.
XAVIER, Francisco C. | Espírito
Emmanuel. Pronto Socorro. São Paulo:
Cultura Espírita União, 1980. 96 p. p. 24-25.