Almas tristes da Terra, almas cansadas
No casulo da sombra merencória,
Que sonhais a Beleza, o Amor e a Glória
Das sublimes esferas estreladas...
Almas que padeceis acorrentadas
Aos tormentos da carne transitória,
Falenas presas à sinistra escória
Das aflições de todas as estradas!...
Aves de luz no lodo miserando,
Desatai vossas lágrimas cantando,
Sob as rudes algemas da ansiedade!
Louvai a angústia que vos dilacera,
Que a santa liberdade vos espera
Nas azuis amplidões da Imensidade...
Referência:
XAVIER, Francisco C. Poetas Redivivos. 1.Ed. Rio de Janeiro: FEB, 1969. 162p. p.18.
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