Eu estendo os meus olhos
Ao zimbório iluminado
Contemplando o Sem-Fim
Com o peito dilacerado...
Me invade uma saudade
Que eu não sei como explicar
De alguma estrela distante
Que um dia foi meu lar.
Por que vim parar aqui,
Neste mundo de expiação?
Em silêncio eu formulo
Uma singela oração.
E as luzes lá do Alto
Aproximam-se de mim,
Abrandando a minha dor
Que parecia não ter fim.
Uma estranha sensação
Se espalha em minha alma,
Onde havia inquietação
Agora há paz e calma.
De algum modo compreendi
Que da Terra ao Mais Além
Tudo está interligado
Pelas forças que nos mantêm.
Portanto, se estou aqui
Deve ter uma razão
Que preciso descobrir
Dentro do meu coração.
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