Uma longa jornada em noite fria
É como se a existência se te fosse...
Segues temendo a sombra... A ventania
É o turbilhão de pó que ela te trouxe...
Ampliam-se os calhaus em que tropeças...
O aguaceiro desaba... O granizo te alcança...
Assombram-te os perigos que atravessas,
Arrimando-te à prece em fios de esperança...
Ergues-te e cais... Levanta-te, rastejas,
De coração atento aos deveres que levas...
Há quem te aguarde, além do repouso que almejas,
A mensagem da paz, no amor que vence as trevas...
Sangrem-te os pés, esforça-te, porfia,
Olvida a própria dor, na estrada austera,
E atingirás, chorando de alegria,
A luz do novo dia que te espera...
Referência:
XAVIER, Francisco Cândido (Espírito Maria Dolores). Alma e vida. São Paulo: Cultura Espírita União, 1984. p.31
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