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sábado, 2 de abril de 2022

O GENRO-NETO | CHICO XAVIER / CORNÉLIO PIRES

Toda sogra que há na vida,

No caminho meu e teu,

Será sempre mãe querida

- Outra mãe que o Céu nos deu.


Deus recomenda isso em paz,

Se hoje estás na oposição.

Mais tarde, concordarás

Na lei da reencarnação.


Guarda esta simples verdade -

Das lições de mais valor:

Deus criou a Humanidade

Para a vitória do amor.


Se não crês no que te digo,

Se estimas lutas no lar,

Escuta, meu caro amigo,

A história que vou contar:

 

***

 

"Sogra, não! Nem à custa de madraca!"

-Gritava Nhô Tatão de Albergaria - 

"Só de encontrar Nhá Bela, tenho azia,

O que sinto se vejo jararaca."

 

Se a sogra vinha em casa, discutia,

Xingava o perdigueiro, punha a faca...

Mas, certa vez, Tatão, caçando paca,

Teve ataque e morreu no mesmo dia!...

 

Desencarnado, em trevas, quis mais prova

E renasceu da esposa, moça nova,

Em novo lar no Sítio da Cancela...

 

Hoje, só quer vovó, o dia inteiro,

É um menino gorducho e beijoqueiro,

No colo carinhoso de Nhá Bela...

 

Referência:

 

XAVIER, Francisco C. Poetas Redivivos. 1.ed. Rio de Janeiro: FEB, 1969. p.16-17.



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