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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

PARADIGMAS INTERNOS

Cada um de nós, querendo ou não, comporta-se segundo paradigmas específicos que servem como eixos norteadores de tudo aquilo que fazemos. Embora quase sempre permaneçam ignorados sob a sombra da nossa inconsciência, não deixam por isso de atuar de maneira decisiva sobre o nosso eu, guiando os nossos passos de um lado para o outro.
O egoísta que só se preocupa consigo mesmo e o altruísta que já abandonou a concha do personalismo, por exemplo, acham-se subordinados a um conjunto de princípios interiores, gestado ao longo de suas respectivas histórias particulares, que fundamenta o paradigma dominante que lhes governa a existência. No primeiro caso, um paradigma negativo que afasta o indivíduo dos demais e o amesquinha, precisando ser alterado; já no segundo, um paradigma positivo que o aproxima dos demais e o enobrece, precisando ser valorizado.
Diante disso, vale perguntar: quais são os paradigmas que presidem a sua vida? São positivos ou negativos? Já parou para pensar sobre eles e sobre a forma como interferem em seus pensamentos e atitudes, palavras e ações? Até onde vai o seu controle consciente sobre as suas escolhas e decisões?
Pensar e refletir sobre isso é essencial para operarmos as transformações que queremos para a nossa vida, pois só é possível mudar realmente quando mudamos os paradigmas que moldam a realidade que nos é própria. Mas, para tanto, é preciso identificá-los devidamente.
O egoísta, no exemplo anteriormente dado, ao ostentar um padrão de comportamento socialmente reprovado, sobretudo por não produzir ou acrescentar nenhum bem a coletividade, seguirá inalterado até dar-se conta do que de fato é e de como isso o afeta negativamente. A tomada de consciência, assim, é o primeiro passo para mudar, seguida de um intenso trabalho interior de descoberta e de libertação dos paradigmas que lhe guiam para procedimentos egocêntricos. E isso é o mais difícil.
Para o almejado bem-estar em nosso contexto existencial é oportuno dar a atenção devida aos paradigmas ou modelos internalizados que temos e que de uma forma ou de outra são os responsáveis pela nossa dita ou pela nossa desdita.
Ao efetuar uma ação ou fazer uma escolha qualquer, cabe investigar as suas motivações, o que as desencadeou. Isso é um exercício de autoconhecimento que nos ajudará a compor um quadro detalhado de quem nós somos a partir do exame das forças mais profundas e sutis que estão por trás do nosso comportamento.
Desse modo, identificar os nossos paradigmas internos, abandonando aqueles que impedem o nosso crescimento pessoal, constitui a chave, do ponto de vista psicológico, para uma vida mais saudável e mais feliz.

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