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domingo, 21 de março de 2010

A VISÃO ESPÍRITA DA BÍBLIA - JOSÉ HERCULANO PIRES



José Herculano Pires dispensa apresentações. Um dos maiores intépretes do pensamento espírita no século XX, contribuiu decisivamente para a ampliação e a divulgação do Espiritismo, primando sempre pela pureza doutrinária.
Jornalista, filósofo, professor e escritor, José Herculano Pires publicou inúmeras obras, todas de alta relevância para a compreensão das questões que perpassam o conhecimento espírita.
Na obra Visão Espírita da Bíblia, que reúne artigos publicados no extinto jornal Diário de São Paulo, encontra-se farto material para reflexão, apresentando de forma simples o entendimento que o Espiritismo tem da Bíblia.
Este livro foi lançado em 1989 pelas Edições Correiro Fraterno, de São Bernardo do Campo, São Paulo. Possui 85 páginas.
Eis alguns excertos:
I - "Qual a posição do Espiritismo diante do problema bíblico? (...) Kardec define essa posição, desde O Livro dos Espíritos, como a de estudo e esclarecimento do texto, à luz da História e na perspectiva da evolução espiritual da Humanidade. (...) Devemos reconhecer na Bíblia a sua natureza profética (ou seja: mediúnica), encerrando a I Revelação, no ciclo histórico das revelações cristãs. Esse ciclo começa com Moisés (I Revelação), define-se com Jesus (II Revelação) e encerra-se com o Espiritismo (III Revelação) (...)”. (Sentido histórico da Bíblia e a sua natureza profética, cap. 2, p.11).
II - "(...) Esqueceram-se de que o Espiritsmo não se interessa por quantidade de adeptos, mas pela qualidade. Espíritas que se assustam com a verdade sobre a Bíblia, estão ainda longe de compreender a Doutrina (...). (Professor de teologia defende a interpretação espírita da Bíblia, cap. 6, p.19-20).
III - "Deuses, anjos e demônios, da Bíblia, dos Vedas, do Alcorão, de todos os livros sagrados, nada mais são do que espíritos. Como podem essas escrituras condenar o Espiritismo? Elas são a prova tradicional da verdade espírita, ao longo da História, como ensina Kardec. O que Moisés condenou foi apenas o abuso da mediunidade. Isso, o Espiritsmo também condena." (Comunicação de espíritos e materialização na Bíblia, cap. 8, p.24).
IV - " A espécie humana não começou por um só homem. Surgiu na Terra pelo encadeamento natural da evolução dos seres. Em A Gênese, Kardec estuda a posição do homem na escala animal e declara: 'Por mais que isto possa ferir o seu orgulho, o homem deve resignar-se a ver no seu corpo material o último elo da animalidade na Terra'." (Como Deus tirou o homem do barro ou pó da Terra, cap. 20, p.47).
V - "A situação de dependência da mulher se justifica ainda com a alegoria do pecado original, pois é a mulher, criatura inferior, que põe o homem a perder. O Cristianismo veio modificar essa situação, típica das sociedades patriarcais de toda a Antiguidade, ao valorizar a mulher no plano espiritual, como vemos no Novo Testamento, a começar do nascimento do Messias. O Espiritismo, que representa o desenvolvimento natural do Cristianismo, completa essa modificação, ao revelar que homem e mulher só existem como expressões da vida nos planos inferiores." (Eva e a costela de Adão: um mito de origem social, cap. 21, p.50).

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